quinta-feira, 16 de abril de 2009

Editorial

Muito a fazer

Completam-se, no próximo dia 25 de Abril, trinta e cinco anos sobre a denominada Revolução dos Cravos. Que trouxe liberdade, esperança, confiança; que trouxe melhores condições de vida, melhor educação, melhores cuidados de saúde; que trouxe, em suma, desenvolvimento. Hoje, tanto tempo volvido, Portugal é um país diferente, melhor, não havendo saudosismo bastante para desejar o regresso aos tempos “da outra senhora”. Mas a realidade que se nos afigura, em todos os aspectos a que Abril trouxe esperança de mudança, não deixa dúvidas: a jovem democracia portuguesa tem ainda um longo caminho a percorrer. Compete ao políticos darem o mote, para que todos trilhemos esse caminho em conjunto.

Confesso que gosto de ouvir o espírito crítico do Dr. Silva Lopes. Porque “põe o dedo na ferida” em muitas questões; porque critica o despesismo e as “derrapagens”; porque apresenta algumas ideias para controlar a despesa pública e para “colocar travão” no esbanjamento de dinheiro público que algumas notícias trazem à liça; e porque apresenta propostas, (que parecem) realistas, de contenção de salários e de determinadas “mordomias” a que alguns têm acesso. Há dias li que o Dr. Silva Lopes se reformou, alegando cansaço e idade avançada, levando para casa cerca de 400 mil euros. Trata-se, certamente, de um benefício que lhe foi consignado pela legislação em vigor. E, portanto, um direito que lhe assiste. Os ouvidos, esses, doravante, é que não serão os mesmos para o escutar…

Abril é mês de grandes eventos em Miranda do Corvo. O desporto está na ordem do dia, com o Torneio Internacional de Judo a sobressair por entre muitos momentos desportivos dedicados a pequenos e graúdos, mas é a Semana Gastronómica da Chanfana que deverá atrair maiores atenções e muitos visitantes ao concelho. Porque, não sendo exclusiva, a chanfana é de Mirando do Corvo.

A aldeia de Chanca, no Rabaçal, viveu na passada segunda-feira a habitual festa anual. Com alegria, como sempre. Segue-se S. Sebastião e depois Viavai. Festas populares deste género são, inegavelmente, momentos muito importantes para as pessoas que habitam nas respectivas localidades. Além da devoção e fé pelos santos venerados, são momentos que celebram os laços familiares e a amizade.

António José Ferreira

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