quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mensagem Pascal


A palavra Páscoa tem origem no hebraico pessah. No seu significado mais lato quer dizer "passagem" ou "mudança" marcante. Quando esta condiciona positivamente a vida dos povos, tem tendência a ser celebrada festivamente.
Na antiguidade os pagãos faziam uma festa ao deus sol, marcando a transição do Inverno para a Primavera.
Para o povo judeu esta festa adquire um significado novo, a passagem da escravidão para a liberdade, liderados por Moisés. Nesta cultura, a festa da Páscoa é comemorada anualmente com um banquete do qual faz parte o melhor cordeiro do rebanho, os pães ázimos e as ervas amargas. O cordeiro significa a oferta a Deus pelos dons recebidos; as ervas amargas, os sacrifícios q
ue o povo passou durante a escravidão no Egipto e o pão ázimo a pressa com que teve de fugir desse País. Os judeus celebram-na ainda hoje como uma das festas mais importantes do seu calendário.
Nós, Cristãos, celebramos a Páscoa como a festa da Ressurreição de Jesus, a passagem da morte à vida. Constitui mesmo a mais importante celebração da nossa fé. Nela existe uma relação directa com a nossa ressurreição pessoal; negar uma é negar a outra. Quem nega a ressurreição, não crê em Cristo.
Aceitando a Páscoa cristã, é legitimo perguntar: como será a nossa ressurreição? São Paulo, na sua carta aos Coríntios, dá a resposta: “Insensato! O que semeias não retoma vida se primeiro não morrer. E o que tu semeias não é o corpo que há-de vir, mas um simples grão de trigo ou de qualquer outra espécie; é Deus que lhe dá o corpo como lhe apraz;.. Assim é também a ressurreição dos mortos: semeia-se na corrupção e ressuscita-se na incorrupção” (1 cor 15, 35 ss). Celebrar a Páscoa de Cristo é celebrar a nossa própria Páscoa.
A todos uma santa e feliz Páscoa.

Pe. Pedro Luís

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